Hoje, dia 18 de Janeiro é comemorado o Dia da Universidade, uma data que devemos celebrar, pois ressalta a importância do aprendizado, e hoje vamos contar a história da UEM (Universidade Estadual de Maringá), que desde sua fundação em 1969, a UEM tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento acadêmico e científico da região e do país, mas antes da criação da UEM que conhecemos hoje, Maringá atendia às necessidades de ensino superior por meio de três instituições estaduais distintas: a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas, a Faculdade Estadual de Direito e a Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, ambas inauguradas em 1967. Essas três entidades combinadas ofereciam um total de sete curso. Contudo, o verdadeiro divisor de águas ocorreu com a promulgação da Lei nº 6.034, em 6 de novembro de 1969, que autorizou a criação da renomada Universidade Estadual de Maringá, marcando um capítulo significativo na evolução do sistema educacional de nível superior da cidade.

Mas hoje, queremos contar algo que nem todos sabem sobre a UEM, você sabia que para ter a UEM que existe hoje foi realizado um movimento dos próprios estudantes da época? O movimento foi realizado devido o aumento da taxa do RU para todos os estudantes, tiveram críticas ao aumento da anuidade, e à elitização do ensino em defesa da gratuidade.

Mas espera aí, como tudo isso aconteceu? No início de 1981, a diretoria do DCE encarou os aumentos das mensalidades em 39,4% e do restaurante em 100%, com isso, os estudantes foram em busca dos seus direitos até a reitoria, e a encontraram fechada, e sabemos o quanto é difícil segurar os ânimos e a força de uma multidão que em um piscar de olhos viram que já estavam dentro da reitoria. Isso tudo dividiu opiniões, resultando em na cavalaria da PM de prontidão em frente a universidade e muitos jornalistas apoiando o movimento.

Tudo ocorreu de forma organizada, os estudantes líderes do movimento alertaram para que não mexessem em nada de dentro da reitoria, e assim foi acontecendo, dias foram passando, alguns estudantes buscavam colchões para passar a noite, outros buscavam mantimentos e foi assim que mobilizaram toda a comunidade, passando a noticia a frente e pedindo apoio a toda população e conseguiram mobilizar outras universidades do Paraná, como a de Londrina, a de Cascavel, Umuarama e Ponta Grossa, o que gerou ainda mais impacto.

Ao término da mobilização, um folheto destacou que os estudantes, mesmo que por apenas uma semana, demonstraram que era viável edificar uma comunidade autenticamente justa e democrática. O movimento também culminou no movimento “Gratuidade-Já” no qual mostra a UEM que temos hoje, com o ensino totalmente gratuito.

Com isso, finalizamos parabenizando todas as universidades do Brasil e principalmente todos os estudantes que lutam por seus direitos e pela educação!

Fonte: Livro – Uma Universidade de Ponta Cabeça (Reginaldo Benedito Dias).